História da Onça
Era uma vez uma Onça que convidou todos os bichos para a festa.
Quando chegou lá, todos começaram a dançar. E a onça cantava e dizia para si: “Isto tudo pra meu papo, isto tudo pra meu papo”. Aí o Macaco falou:
Fiquem todos espertos que a Onça quer nos comer.
E tocava viola:
- Ponha o olho nela que a coisa é hoje.
O Cágado aí disse:
- Eu já vou, porque eu tenho minhas botas curtas.
E foi andando. Os bichos fugiram. A Onça foi atrás. Só encontrou o Cágado, mas ele entrou na toca. Ela, então, pôs o Sapo de guarda para não deixá-lo sair. O Cágado, porém, foi esperto: mandou o Sapo abrir os olhos, jogou-lhe uma mancheia de areia e saiu ligeirinho. Quando a Onça chegou, perguntou:
- Ele saiu?
O Sapo:
- Não.
Ela cavou, cavou, chegou ao final do buraco e não encontrou o Cágado. Virou-se para o Sapo e disse:
- Agora eu vou fazer uma coivara e jogar você dentro.
- É do que eu gosto – falou o Sapo.
A Onça teve outra idéia:
- Eu vou jogar você dentro d’água fria.
E o Sapo, em resposta:
Não, amiga Onça, me jogue no fogo.
A Onça levou o Sapo para o rio e o atirou lá.
- Era isso que eu queria! Era isso que eu queria!
A Onça pensou outra coisa:
- Amigo Sapo me ensine a nadar.
E o Sapo lhe disse:
- Pegue uma pedra e amarre na barriga.
A Onça fez o que o Sapo mandou e bebeu foi muita água.
Esta história foi contada por Jocimar de Jesus para a sua professora. Ele é Kiriri e tem 7 anos de idade. Pode ser encontrada:
BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Histórias Kiriri: fala dos contadores e escrita no português oficial. Brasília: MEC, UFBA, 2000. p. 59 e 60.
Esta história foi contada por Jocimar de Jesus para a sua professora. Ele é Kiriri e tem 7 anos de idade. Pode ser encontrada:
BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Histórias Kiriri: fala dos contadores e escrita no português oficial. Brasília: MEC, UFBA, 2000. p. 59 e 60.